24 janeiro, 2010

Como te penso quando não estás…

Não consigo ler qualquer parágrafo sobre… prestar plena atenção às músicas que se vão cruzando comigo ao longo do dia.
É quase como um fechar de olhos, e sentir-te aqui; é quase como o teu toque, o teu beijo de cada vez / todas as vezes que vou deitar, que fecho os olhos, de todas as vezes que a música me engana com as tuas palavras.
Hoje é o dia obrigatório, o dia que dá preguiça sair da cama. O dia que me devia realmente obrigar a escolher melhor as noites e poder realmente acordar no teu peito, um dia de cama, na cama, bebendo o teu cheiro, o teu beijo e abraço, vivendo mais do que algum dia, sentindo o sol aquecer os nossos corpos nus, colados, sedentos de amor e de amar, dois sorrisos fundidos num só, tal como os nossos corpos agora enrolados na banheira, onde o meu desejo era aqui manter-me até…
Fazer amor é tão pouco do que quero partilhar contigo, o meu corpo já é teu e tanto mais que ainda não julgas ser teu.
Devoram-me as noites, o meu pensamento devora-me quando não te tenho, devora-me e não consigo não pensar em ti, não fazer amor contigo cada vez que fecho os olhos.
Devora-me o corpo, não ter estado ontem contigo, e agora, e outra e outra vez.
É com o passar dos minutos, enquanto me preparas umas torradas e um café, que penso como ser possível ter-te e não conseguir não te ter a meu lado.
Que terei eu de especial para estarmos juntos à 1ano e uns quantos dias?!
Não me sinto especial por estar contigo, mas sinto-me especial de cada vez que te sinto a meu lado, cada vez que me chamas “tua”.
E é a cada acordar que penso que faltam apenas 2 ou 3 pares de horas para sentir novamente o teu perfume em mim, horas até te empurrar contra a cama e sentir-te devorar o meu corpo, devorar também cada pedaço teu, espalhar as roupas pelo chão e enrolar-me em ti.

Hoje é um novo dia, faltam apenas umas horas, ligo-te e beijo-te até ser de manha.
A cada letra que aqui risco, tremo querendo-te aqui, agora, uma vez e outra e outra…
Agora e já, na praia à qual vamos ver o pôr – do – sol.

Eliana Oliveira
{Pensamentos durante o estudo}
[24.Janeiro.2010]

16 janeiro, 2010

Para além de letras..

Posso escrever palavras, como se fosses a minha consciência?
Como se não as fosses ler? E no entanto, ter todas as respostas, pôr de lado as dúvidas e as tristezas.
São dias como o de hoje, em que ouço a tua voz fraca, triste e sem prenúncio de saudades, que me fazem querer ser melhor.
Melhor por ti, melhor por mim.
Nasci para que me dessem a mão, nasci conformada e habituada apenas a mim própria e às características que dizes não serem boas, que dizes não serem a definição de mim, da mulher que sou e da menina que teimo em ser.
Não espero mudar, apenas adaptar-me à mulher que um dia virei a ser e aquela que gosta e d quem gostas.
Continuo à tua espera, aqui e ali.
Quero descobrir tanto de ti como já descobriste de mim.
Que capacidade é essa de perceberes tudo aquilo que nem eu consigo explicar de mim própria?! A maneira como tu lidas comigo como mais ninguém o sabe fazer.
Espero pelo teu beijo, o beijo simples e tão natural como o primeiro, de olhos nos olhos que acabou com um sorriso.
Admiro a tua capacidade de compressão, de lembrar o que todos os dias vou esquecendo; mas também gostava de um olhar mais caloroso, um olhar quase “falante”, um gosto de ti nesse olhar que vejo cada vez que fechos os olhos. Uma quase qa aprovação pelos disparates que, não tenho noção e que, vou fazendo.
Eu não vou desistir desse teu beijo suave, embora às vezes não sinta que o queres da mesma maneira que eu. Terás que ser tu a devolver-me o beijo que digo ser só teu. E eu, aqui, vou esperar e todos os dias querer o teu beijo.
Eu sei, eu sinto, que as tuas viagens até mim não se prolongam até aquela linha no horizonte que quase não conseguimos alcançar. Eu sei, eu sinto, que um dia vamos alcançar essa quase perfeita linha do horizonte.
Quero hoje, saber que vou ter e sentir o teu abraço, e saber que amanha te vou ligar e receber um beijinho enquanto me dizes para ir ter contigo.
Eu sei, eu sinto que assim vai ser.
Um dia, vou sentir tudo o que sentes, da maneira que me fará sorrir, e direi que sei o que sentes nas tuas viagens até mim, que farás com que se prolonguem para lá da linha do horizonte, para lá da constelação que todos os dias anda ao nosso lado, seja um bo ou um mau dia.

Para lá de Vénus…
Eu sei, eu sinto…
Gosto de ti…
Tenho saudades de ti…

{Noites na Marina}
[Eliana Oliveira]
[5 de Outubro de 2009]