16 janeiro, 2010

Para além de letras..

Posso escrever palavras, como se fosses a minha consciência?
Como se não as fosses ler? E no entanto, ter todas as respostas, pôr de lado as dúvidas e as tristezas.
São dias como o de hoje, em que ouço a tua voz fraca, triste e sem prenúncio de saudades, que me fazem querer ser melhor.
Melhor por ti, melhor por mim.
Nasci para que me dessem a mão, nasci conformada e habituada apenas a mim própria e às características que dizes não serem boas, que dizes não serem a definição de mim, da mulher que sou e da menina que teimo em ser.
Não espero mudar, apenas adaptar-me à mulher que um dia virei a ser e aquela que gosta e d quem gostas.
Continuo à tua espera, aqui e ali.
Quero descobrir tanto de ti como já descobriste de mim.
Que capacidade é essa de perceberes tudo aquilo que nem eu consigo explicar de mim própria?! A maneira como tu lidas comigo como mais ninguém o sabe fazer.
Espero pelo teu beijo, o beijo simples e tão natural como o primeiro, de olhos nos olhos que acabou com um sorriso.
Admiro a tua capacidade de compressão, de lembrar o que todos os dias vou esquecendo; mas também gostava de um olhar mais caloroso, um olhar quase “falante”, um gosto de ti nesse olhar que vejo cada vez que fechos os olhos. Uma quase qa aprovação pelos disparates que, não tenho noção e que, vou fazendo.
Eu não vou desistir desse teu beijo suave, embora às vezes não sinta que o queres da mesma maneira que eu. Terás que ser tu a devolver-me o beijo que digo ser só teu. E eu, aqui, vou esperar e todos os dias querer o teu beijo.
Eu sei, eu sinto, que as tuas viagens até mim não se prolongam até aquela linha no horizonte que quase não conseguimos alcançar. Eu sei, eu sinto, que um dia vamos alcançar essa quase perfeita linha do horizonte.
Quero hoje, saber que vou ter e sentir o teu abraço, e saber que amanha te vou ligar e receber um beijinho enquanto me dizes para ir ter contigo.
Eu sei, eu sinto que assim vai ser.
Um dia, vou sentir tudo o que sentes, da maneira que me fará sorrir, e direi que sei o que sentes nas tuas viagens até mim, que farás com que se prolonguem para lá da linha do horizonte, para lá da constelação que todos os dias anda ao nosso lado, seja um bo ou um mau dia.

Para lá de Vénus…
Eu sei, eu sinto…
Gosto de ti…
Tenho saudades de ti…

{Noites na Marina}
[Eliana Oliveira]
[5 de Outubro de 2009]

3 comentários:

  1. já senti o que estás a sentir...mas parece-me que terás mais sorte que eu.

    adoro os teus textos fantásticos...

    beijo

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  2. No outro dia estive a fazer limpezas no disco antigo e encontrei inúmeras fotos! acho que a foto mais antiga era de 2004. como nao podia deixar de ser lembrei-me de procurar meia duzia de cds que tinha com copias de segurança e ia uma copia de segurança final das fotos. mas não consegui! apeteceu-me mais deixar as coisas conforme estavam e limitar-me a ver as fotos! foram algumas horas e uma dor de costas inevitável dada à falta de ergonomia da cadeira em frente ao monitor. apesar de ter a possibilidade de estar mais confortavel, estava demasiadamente concentrado com as fotos.
    ora, sabes que por vezes vemos coisas que nao queriamos mas queremos e fazemos "filmes de terror" com o passado. no entanto, uma boa gestao desses sentimentos faz-nos ver que não vale a pena fazer ondas e deixar que a maré chegue até nós, como tu dizes "noites na marina", muito perto do rio! ;) mas a discordia das palavras faz mal, e aprendi isso às minhas custas, mas faz sentir que o pior já passou, mesmo que os paragrafos não façam sentido! mais do que os meus, os teus fazem-me tanta confusão pois parece que vejo imagens do passado nos teus textos!
    não é de agora. já há algum tempo que sigo este e o fotolog, no entanto, como pediste na minha pagina, tens aqui um comentário extenso e alongado de mais, mas que decerto fara sentido!
    custa saber que são palavras da imaginaçao e custa nao saber o teu percurso. fazia-me falta! mas isso não era para se dizer! ;)

    um beijinho!

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  3. eliana,
    no comentario acima apenas tentei mostrar-te por outras palavras que imagino o que escreveste.
    sendo fruto ou nao da tua imaginaçao, sao sempre palavras fortes que cativam uma pessoa. e por isso le-se linha apos linha e no final é muito provavel que se espere por mais.

    sei e, porque já mais que uma vez me disseste que as coisas que escreves, vem do acaso e sao momentos teus, nao tenciono fazer parte deles!

    confesso que notei um certo toque no comentario que me deixaste, mais propriamente na conclusão! pareces revoltada comigo ou pelo singelo comentario que deixei!

    por (saber) essas coisas todas, escrevi o ultimo paragrafo no comentario!

    nao vejas hostilidade em mim nem nada que te digo ou escrevo! é só um favor que te peço.

    está sol lá fora!

    um beijinho!

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